by Ana

Um espaço para partilhar as "tolices" de cada dia, de uma forma descontraída, descomprometida e com algum sentido de humor. Only that.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Homenagem do Mário a mim

Quase 


Um pouco mais de sol - eu era brasa,
Um pouco mais de azul - eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Assombro ou paz?  Em vão... Tudo esvaído
Num grande mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho - ó dor! - quase vivido...
Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim - quase a expansão...
Mas na minh'alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo ... e tudo errou...
- Ai a dor de ser - quase, dor sem fim...
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se enlaçou mas não voou...
Momentos de alma que, desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...
Se me vagueio, encontro só indícios...
Ogivas para o sol - vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...
Um pouco mais de sol - e fora brasa,
Um pouco mais de azul - e fora além.
Para atingir faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...


Mário de Sá Carneiro (1890-1916)

                                                             Gustav Klimt
                                                                               El beso

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ele é liiindo!!

Oram digam lá se o FCP não tem tudo o que se pode desejar num clube?
Até o treinador, minha nossa!
É liiiiinnnndddddoooo e faz marcar goooooooollllloooossss!!!!



quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Magia do antigamente

Bom, meus caros, que orçamentos não pagam dívidas, já nós sabemos;
Que o tempo das vaquinhas gordas já era (se é que alguma fez o foi...), também já não é novidade;
Que essa história de cinema digital, foto digital e mais não sei o quê de digital tirou toda a magia dos tempos dos 8mm e do desenho animado eu não tenho dúvidas. Alguém tem?
Ora espreitem lá:




P.S.Thanks, Lucy.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Post nº 251



Bem ou mal, mais mal do que bem, eu sei, o SHE já tem 250 posts.
Desde o dia 1 de Dezembro de 2009, escrivinhei 250 baboseiras.
Passaram por aqui mais de 13000 destemidas criaturas, de três continentes: Américas, África e Europa.
Hoje, para comemorar tamanhas façanhas, só sai isto:

Malevich - white on white (1918)

AYUDA-NOS?????

Na Argentina vive-se um clima de migração interna nunca antes visto, em direcção ao sul do país.
Por sua vez, os habitantes da Terra do Fogo  assim como os da Patagónia estão prestes a organizar uma manifestação junto da Casa Rosada, sede do governo argentino, a fim de reclamar a qualidade de vida de que gozavam até à visita do Comandante HC a Portugal.

Tudo isto teve início quando os meios de comunicação social argentinos revelaram, em primeira mão, a  revelação de intenções do Primeiro Ministro português de se retirar da política, dentro dos próximos vinte anos, ao que o Presidente da Argentina aproveitou logo para clamar:
!"AYUDA-NOS"!

De rompante, os peronistas, os sindicalistas da CGT, os Yrigoyenistas do Froja, os estudantes das FUA e os da UES e os conservadores  reuniram-se para estudar as hipóteses de um novo golpe civil, alegando a sanidade mental do comandante.

No entanto, rapidamente, chegaram à conclusão de que os militares estavam ultra satisfeitos com as funcionalidades dos Magalhães oferecidos a todos os homens fardados argentinos,  nomeadamente a ligação à net ultra rápida, os jogos de paciências e a simulação do jogo naval, logo estes se colocariam ao lado do Comandante, fracassando assim o possível golpe.

Correram, então, até à campa de Evita.
"Evita, Evita, que hacer, el comandante....el comandante pedió a Socrates para nos vir ayudar!
Ayudar, Evita!
Ayudar!
Acudir!
¿Ayudar a qué, Evita?
¿A perderse Argentina?
¿A naufragar el derecho?
¿A olvidar la justicia del trabalho?
¿A bromear com la educacion e la salud?
NO!
¿A obsequiar los grandes, los banqueros?
¿Qué és esto, Evita? 
¿Qué hacemos, Evita?

Calma, Argentina! Jamás vos abandonare!
Hablare con  Juan. Él á dito " que cortaria suyas manos antes de endeudar Argentina!" No lo olvidares!!

E assim foi.
Evita conferênciou com Juan, seu marido e por não sei quantas vezes Presidente da Argentina. 
Este, por sua vez, analisou as contas  das Argentina, a sua capacidade de endividamento, o seu nível de corrupção, o animo do seu povo, a sua qualidade de vida.
Depois voltou-se para Portugal. 

Evita - disse Juan - diz-lhes, caso não queiram deixar a Argentina,  que aprendam a pescar e que se juntem aos pinguins...

 Foto retirada de "Olhares"
Autor Tiago Rama







 

domingo, 24 de outubro de 2010

Heeee .... Meu Amigo Chavez Brown

Por ocasião da visita  do Exmo Presidente Hugo Chavez a Portugal, com os firmes, sérios, honestos e fraternos propósitos de levantar a nossa economia através da compra de Magalhães para os pinguins da Patagónia, submarinos para a província de Tucumán, ferrys para a ligação ao Brasil e petróleo para encher os poços argentinos, caso estes sequem.



Eh! Meu amigo Chavez
Eh! Meu amigo
Chavez Brown, Chavez Brown...

Se você quiser
Vou lhe mostrar
A nossa Lisboa
Terra de vento na proa
Se você quiser
Vou lhe mostrar
Bahia de Cascais
Nossa gente boa
Se você quiser
Vou lhe mostrar
Magalhães,
Imperial, fado
Se você quiser
Vou lhe mostrar
Meus malabarismos
E o nosso carnaval
Chavez!

Refrão: (2x)

Se você quiser
Vou lhe mostrar
como se engana povo
ao som de Jorge Ben
Se você quiser
Vou lhe mostrar
Torcida do benfica
Coisa igual não tem
Se você quiser
Vou lhe mostrar
Escolas e computadores
mas sem professores
Se você quiser
Vou lhe mostrar
Portugal de ponta a ponta
Do meu coração
Oh Oh Chavez!






sexta-feira, 22 de outubro de 2010

As Amarras

Ontem falava das MELgas que me melgavam com a poesia da vida.
Hoje, a Gaivota, amarrou o meu dia a estas palavras:



As Amarras

Ainda existem as amarras,
Amarras de esperança.
O passar fatigado das horas,
o embalo da lembrança.

Essa folha que já foi flor.
Esse espaço que já foi abraço.
Esse postal que já teve cor.
Na espera que se tornou cansaço.

Esta canoa não quer partir
pelas águas da solidão.
Ainda tem tanto onde ir,
segurando a tua mão.

Olhares, in Pós


Obrigada, Gaivota. És a primeira MELDA do MUNDO!!

Imagem retirada de DeviantArt
That link by Berrie25

Melgas

"Há melgas e melgas, há ir e voltar; há tios e tios que só nadam nos rios."

Foi assim que o meu tio me respondeu, há muuuuuuuuiiiitos anos atrás, quando eu teimava em querer empurrá-lo para dentro das ondas da praia da Sesimbra. 
Ficou-me para sempre, na memória, aquela frase doida como aquele tio, literalmente,  saído directamente de Woodstock.
Quarenta e tal anos depois do Woodstock, tudo continua na mesma. 
Há melgas docinhas, docinhas como o mel, daí a origem da palavra (MEL + ga); outras há que evoluíram, perdendo as ligações com as suas origens, logo com a sua essência, com a sua função, a de melgar, de ser como o mel e tornaram-se uma espécie de tios que só nadam nos rios. 
Estão lá, são importantes para tomarem conta de nós, para zelarem pela nossa segurança, nos darem aquele ombro amigo,  mas não entram connosco nas ondas frias de Sesimbra. 
São aquelas melguinhas cautelosas, sabedoras, prudentes, preocupadas, maduras, até já um pouco sisudas...que só entram nas ondas de Sesimbra, com bandeira verde, 3h depois do pequeno almoço e 2h antes do almoço, para que o fato de banho ainda seque, de braçadeiras, bóia com patinho quá-quá e nadador salvador por perto.
Depois, dizem:

"As braçadeiras? Deixa ver se têm ar suficiente."
"Sai daí! Não vês que estás a incomodar os adultos, com esses mergulhos?!"
"Nada para poente, para que não apanhes mais sol de nascente";
"Agora nada para sul, para que te bronzeeis no outro braço"
"Está na hora de sair da água" 
"Já puseste o protector?"
" Bebe água!" 
" Vai para a sombra!"
" Ocupa-te!! Faz qualquer coisa para te ocupares, mas não chateis mais a cabeça, nem me peças para ir à água outra vez!!"

 As outras, as MELgas, fazem esboçar muitos sorrisos nos rostos ora meio ensonados, ora meio entediados, ora meio deprimidos;
Encaminham-nos rio abaixo, dentro duma canoa qualquer, com bilhete só de ida e como bóia de salvação, a perspectiva de um sonho qualquer, algures entre o desaguar de um rio de lágrimas e o desabrochar de um sorriso.
Encantam com histórias de príncipes e princesas, de fadas, de Fernão Capelos, de sambas, de teorias inventadas à pressão ou construídas à medida das nossas necessidades.
Nem umas nem outras (as melgas e as MELgas) desarmam, eu sei, ambas as sub espécies são importantes e inestimáveis.
De uma vem apenas a poesia da vida; das outras, "o lápis azul", a correcção ortográfica, gramatical, lexical e de conteúdo.
Reconheço que gosto dos cinzentos do céu e do mar, mas por vezes os tons de rosa da vida fazem-nos falta, muita falta mesmo...

Imagem retirada de Deviantart
Good Frieds by Adnyl

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Pós de anjos

Uma Gaivota de asa ferida trouxe até mim este presente, embrulhadinho nas asas de um anjo  de além rio, feitas de pó de bem querer.

Ora ouçam...

Nada te Perturbe

Que nada te perturbe...
Nem o vento soprando lá fora,
Nem o sol espreitando na janela,
Nem o galo que anuncia o dia.

Que nada te perturbe…
Nem a dor que não se vai embora,
nem a tristeza que se arrasta com ela
inundando todo o ser de nostalgia.

Que nada te perturbe…
Nem o momento da decisão,
Nem a palavra que se grita,
Nem o silêncio que tudo diz.

Que nada te perturbe…
Nem o bater do coração
Quando já nem ele acredita,
Que pode voltar a ser feliz.

"Nada te perturbe,
 Nada te espante.
 Tudo passa,
 A paciência,
 Tudo alcança"
De Olhares, in Pós de bem querer

"O verde pede paz

(Pintura a óleo de Mário Célio)

Um beijo para ti, Gaivota, um beijo que não te perturbe.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Ele...

Ele é único no mundo...
Ele é lindo.
Ele é brutal.
Ele é soberbo.
Ele é estonteante.
Ele é extasiante.
Ele é arrebatador.
Ele é possante.
Ele é sublime.
Ele é solene.
Ele é altivo.
Ele é majestoso.
Ele é imponente.
Ele é graaaaaande...maior do que Alexandre, o Grande, ou Carlos, o Magno.
Ele é estável.
Ele é admirado.
Ele viaja, viaja.
Ele é charme.
Ele é glamour.
Ele é classe.
Ele é prestígio.
Ele é luxo, de cima a baixo.
Ele foi baptizado pela rainha de Inglaterra!
Ele tem moooonnntes de fardas, brancas, por sinal!!
Ele esteve em Lisboa (mas eu não o vi):-((
Ele é o objecto dos meus sonhos, desde menina...
Ele é

o QUEEN ELISABETH
Eu quero, muito, mas muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiittttttttttttttttttooooooooooooo mesmo cruzar o Atlântico e dormir embalada na carcaça do meu amado.
A viagem só custa uns módicos 18mil, claro que como deve DE ser...
Quem ajuda? Ou quem quer vir também? 

P.S.: No porão paga-se 1700€

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

In the arms of an (my) Angel



"In the arms of an Angel (my private angel)
Faraway from here"
....
Just it. No more and no less.
Será pedir muito?

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

As novas rosas de Atacama



Podia ser uma invenção de Melquíades para experimentar na Macondo de GGMarquez. Mas não, esse era do país vizinho;
Podia ter sido uma invenção retirada de um esboço qualquer de um renascentista. Mas também não.  Baltazar Sete Sóis só sonhava com passarolas voadoras;
Ah! A viagem ao centro da terra, do Júlio..., mas essa foi concebida para começar num país teoricamente evoluído, a Islândia  e dentro da cratera dum vulcão. 
É pois uma máquina normal e tecnicamente, parece-me, que nada de grandioso, de magnificente, se pode atribuir aquele vai-vem, a cápsula, que está a proceder ao resgate dos 33 mineiros chilenos. Foi o plano C o qual  vingou para resgatar os mineiros que se encontravam soterrados desde o dia 5 de Agosto.
Não estamos a assistir a nada de extraordinário sob o ponto de vista cientifico, pois...
Pois não...Mas porque será que as lágrimas não param de cair? Por que não desgrudo das notícias, cada vez que um mineiro chega a superfície, como se fosse o LAmstrong a dar "o passo de gigante para a humanidade?"
É porque chove. Porque chove, não em Santiago, mas sim no Atacama.
Chove esperança, chove fé, chove força, chove animo, chove coragem...
Hoje, no Chile, no deserto do Atacama, a chuva inverteu o ciclo da água e caiu de dentro da terra, e isto sim é extraordinário...
Mas Chile é mesmo assim.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

O disco rígido das Amizades



Não sei se ria se chore.
Ontem chorava que nem uma Madalena arrependida. 
Pudera! A maldita virose vem por fases. Quando penso que a venci a infantaria, que os espirros se foram, eis que me debato com a artilharia e lá vem a tosse maldita desde as profundidades cavernosas dos meus virgens pulmões!
E assim vou...de lenço dentro da manga do casaco, de lágrima ao canto do olho, mergulhada nos edredons e longe de tudo que me faça sentir que tenho cabeça.
Por não ter cabeça, lembrei-me de pensar, pensar...fazer uma espécie de desfragmentação do disco rígido  (da cabecinha) para depois o arrumar, pedacinho por pedacinho e deitar fora a porcaria.
Acho que tudo o que consegui fazer foi pegar nos pedacinhos que ainda se aproveitavam (e ainda eram alguns) e transformá-los em porcaria. 
Resultado?
Limpei o disco por completo.
Sou mesmo boa, excelente, um must em matéria de... digamos... de... motricidade afectiva.
Ah!, isto só pode ser culpa da gripe, avariou os sistemas....! 
Pensando bem, se não fosse a gripe, talvez os "efeitos" tivessem sido um pouco mais eloquentes, afinal o meu estado semi febril não me deixou ser suficientemente facunda, claudiculei vezes sem conta...
Hoje o tempo está como eu gosto, apetece-me correr ao vento, sentir a chuva a bater no corpo, apanhar outra valente gripe. 
Estou bem disposta, até me apetece humorar um pouco com a desfragmentação do disco rígido.
Numa próxima vez, quando o tempo estiver de sol, a brilhar para todos vós, prometo contar-vos, a sério,  de que tipo de bits era feito o meu disco rígido...

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Ai tou tão mal!!!


Ai, estou tão mali!!!
Os astros, as bruxas, os Deuses, mais o SIS ou lá como se chama a nova polícia do Estado New, os republicanos, todos, todinhos, tutti, tutti, juntarem-se todinhos pra me fazerem mali.
Andei praqui a largar bocas sobre a república, armei-me em velha d'Aldeia a dizer que dos dois milhões gastos nas comemorações nim um cêntimo tinha entrado na minha pobre cabecinha, e prontos, zás, práz, tráz! 
Mas é berdade! Nem na minha nem na de muito boa gente!! Quem foi o primeiro Presidente? Ah? Ah? Eleito ou não eleito? Ah? Ah? 
E o que foi a Monarquia do Norte? Bá digam lá? É a do Pinto da Costa? É? Ah! Pois é ! Essa custa mais de 2 milhões por temporada!
Pois, comecei a dizer mal e na siguinda, no dia da ponte, fiquei sem pio (não de Bragança); na terça, continuava a bradar bibas à Monarquia,  e quando me preparava pra ir pró ailaró, záz! eis que um lancil de passeio se atravessa à frente das minhas botas de matar baratas. 
Derrotada por aquele conjunto de pedra calcária, a minha dignidade biu-se no chão, derreada, tal Monarquia em barcos de pescadores, a caminho do Yate Amélia.
Como se não bastasse a dignidade ter caído no lancil, eis que se me assalta uma fulminante congestão nasal, acompanhada de um estrondoso sindrome febril, mais  umas fortes dores nos rinzes.
A seguir entra-me a carbonária casa dentro e lá bou eu!!
Aí, ninguém macode!!

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Facebook

Tudo tem o seu tempo e o seu espaço no tempo. 
Tudo é importante, de uma forma ou de outra, num dado tempo e num dado espaço.
Acontece. É assim mesmo. É a lei natural das coisas, da vida.
Não vou escrever nenhum tratado barato sobre os amores e desamores, as grandes amizades colegiais e fraternas, as primeiras calças de ganga Lewis 501, o primeiro carro que comprámos, o perfume que usámos no baile de finalistas do liceu, aquela música dos Queen cantada pelo Fred... 
Ah!, já não ia tão longe, mas já que insistem...pronto, o nosso primeiro dia no primeiro emprego, o primeiro beijo,.. BOM!!! vamos lá ver que isto é um blog de bem!!

Eu sei...tudo marcou, tudo teve o seu tempo, mas passou. Isn´t it?
E assim é com estas lides néticas. 
Amigas muito queridas, atrevo-me a dizer mesmo, mentoras nesta coisa dos blogues, deixaram "cair" este bichinho só porque...porque sim. Porque acharam que o "seu tempo" (da blogosfera), para elas, tinha , de alguma forma passado, ou perdido um pouco o sentido.
Tenho pena. Lamento, muito. Gostava, muito, daqueles "Óculos do Mundo"...Não os lia, via-os, tal a forma como eram limpidamente escritos.

Hoje  tomei uma decisão. Fechei a minha página do Facebook. 
Como tudo teve o seu tempo, teve o seu espaço, teve, desempenhou, o seu papel.

Continuarei por estas bandas quando, como e sempre que me der na "real gana" (isto de falar em real no dia 5 de Out é perigoso...)

Espero-vos. (Sempre que vos der na republicana gana)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A República!



O Património da Modernidade Portuguesa, Sua Exª a República.

"Nascida no meio urbano, cercada por um meio rural muito hostil e um caciquismo religioso muito marcante."

Holanda, Dinamarca, Suécia, Noruega, Inglaterra (até mesmo Espanha), são Monarquias, não têm património modernista. Oh, coitadinhos!!!!
Bom, assim também não gastam dois milhões de euros na comemoração dos 100 anos da República!!







P.S.: Queridos seguidores republicanos, laicos e democratas, eu sou boa rapariguinha, tá? Só estou farta de "cortes". Deixem-me espernear à vontadex...

domingo, 3 de outubro de 2010

Tempo and Júlia




S. Pedro olhou para dentro de mim. 
Aliás, ele não precisa de olhar, sabe como sou, como eu gosto que ele comande a orquestra cá em baixo.
Há uns tempos atrás e noutras paragens algo distantes, enquanto me deliciava  à janela, vestda de manga curta,  a contemplar o jardim coberto de neve  e o céu carregado de cinzentos escuros, alguém, com voz grossa, disse-me qualquer coisa do género: " deves identificar-te muito com este tempo; deve estar de acordo com a tua personalidade..". 
Nem me mexi. Continuei, deslumbrada, a contemplar o branco e os cinzentos.
Ah!, pensei, coisas de quem é catapultado por longos meses para longe do bacalhau com natas e do tintol alentejano! 
Sol, sol e sol! Sol e touros! Alguém pode ter saudade de tanto sol?? Do bacalhau, da sardinha, do pastelinho de nata, dos tintos do Esporão ou dos brancos lá de cima, dos docinhos conventuais... até da bola de berlim, até vá!, agora do Sol?
Só este barulhinho do vento "como quem chama por mim... UUUUUU", a chuva a bater nas janelas, os pés meio frios, meio húmidos, só este tempo, sem aquecimento central, mas com aquecimento global, para me fazer sair da angústia e voltar à baboseira.
A propósito de babosices, ontem fui ver "Comer, Orar e Amar". 
Então é assim: 
Para quem não se deu ao trabalho de ler o livro, o filmito até que pode ser engraçadote.
A Júlia é sempre a Júlia (com a marca dos seus anitos...), Roma é sempre La Bella Roma, India é sempre qualquer coisa de fugir, com muitos mosquitos e um elefante pelo meio e  Bali, enfim... é sol (brrrr), mar (brrrr) e um  brasileiro jeitoso.
Para quem leu o livro, o filme vai parecer uma manta de retalhos feita à pressa. 
Valeu a interpretação da Júlia e a musiquinha brasileira (em Bali ou no Bali? Como é q é AI?)